depois da chuvarada

Burocracia emperra chegada de recursos em prefeituras em situação de emergência

da redação


Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário / janeiro 2019)
Rosário do Sul foi uma das cidades mais afetadas pela enxurrada

Depois de quase um mês da enchente que atingiu os municípios da Região Central, os prefeitos cobram ajuda do governo do Estado e União. Na região, nove cidades decretaram situação de emergência. Conforme os prefeitos, até agora, nenhum recurso chegou até os municípios. 

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Segundo Giovani Amestoy (PDT), prefeito de Caçapava do Sul e presidente da Associação Gaúcha Municipalista (AGM), a principal demanda continua sendo a recuperação das estradas danificadas. A proximidade do início do ano letivo e da colheita preocupa o chefe do Executivo. Segundo ele, todos os documentos necessários foram entregues pelas prefeituras e a situação de emergência, na maioria das cidades, já foi reconhecida tanto pelo Estado quanto pela União. Amestoy acredita que a demora seja causada por uma burocracia excessiva dos governos. 

- Representantes do governo sempre nos receberam e demonstraram apoio nas reuniões, mas a ajuda efetiva ainda não chegou. Esse recurso não é para nós, para a prefeitura. É para a população. Em Caçapava, ainda temos muitas estradas danificadas, algumas até intransitáveis. E sabemos que em outras cidades a situação é parecida. Como vamos fazer com o transporte escolar? E o escoamento da produção agrícola? Está complicado - ressalta Amestoy.

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A busca dos prefeitos é pela liberação de 500 horas-máquina junto ao governo do Estado e R$ 250 mil com a União, para cada cidade. De acordo com a Secretaria de Obas de Caçapava do Sul, somente em gastos com maquinário para recuperar toda a área danificada em ruas de bairros, vila e interior, o valor chega a quase R$ 1 milhão. 


Foto: Pedro Piegas (Diário)
Prefeito Giovani Amestoy (PDT) esteve no Diário para falar sobre a situação dos municípios em emergência

DESENCONTRO DE INFORMAÇÕES
Em reunião, no dia 22 de janeiro, em Brasília, uma comitiva de prefeitos gaúchos esteve reunida com ministros para apresentar a situação de seus municípios e buscar recursos. Neste encontro, ficou definido que o governo federal repassaria R$ 24 milhões a serem divididos entre 24 cidades afetadas. No dia seguinte, porém, o Ministério do Desenvolvimento Regional confirmou o repasse de apenas R$ 4,5 milhões, a ser dividido entre 18 cidades - o que representaria R$ 250 mil para cada prefeitura. Até agora, esse é o único repasse confirmado pelo governo federal, mas que ainda não foi recebido pelas prefeituras.

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Por parte do Estado, ficou definido que o governo repassaria com urgência os valores que deve às secretarias de Saúde e Santa Casa de Saúde das cidades atingidas. Além disso, seriam disponibilizados maquinários para a recuperação de estradas. Nada chegou aos municípios e, conforme Amestoy, não há nenhuma previsão.

NOVE CIDADES EM EMERGÊNCIA
Na Região Central, nove prefeitos decretaram situação de emergência. Apenas Caçapava do Sul, Cacequi, Lavras do Sul, Rosário do Sul, São Francisco de Assis e São Gabriel tiveram reconhecimento do Estado e da União. Além desses, Jaguari, São Vicente do Sul e Santiago ainda aguardam a homologação do governador Eduardo Leite. 

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